Grande, vistosa, arejada e atractiva. É assim que defino Barcelona. Grande pela quantidade de edifícios, avenidas laragas, ciclovias e monumentos. Vistosa pelas fantásticas arquitecturas que se encontram um pouco por todo lado contrariando a típica construção de portas, janelas e tijolo. Aqui não, há certos edifícios que mais parecem obras de arte, pelas suas formas, que parecem ter sido feitas à mão. Arejada pois está junto ao mar e a brisa vinda de lá, limpa os maus cheiros típicos de uma cidade desta dimensão, tornando-a agradável. Atractiva por tudo isto e pelas ruas estreitas mais escondidas onde se encontram as coisas menos esperadas.
Existem tantos pormenores curiosos e diferentes do habitual como os bancos de jardim, os postes de iluminação ou até mesmo os postes dos semáforos. De bicicleta, quando tinha de parar num sinal vermelho, apoiava-me no poste para não por os pés no chão. Ao fazê-lo senti as varias texturas, umas simplesmente rugosas ou lisas e outras com formas geométricas que provavelmente passam despercebidas à maioria das pessoas.
Um destaque para a igreja da Sagrada Família. Como disse o amigo Rodrigo, parece uma coisa que não foi feita pelo homem. É algo de extraordinário aquela construção. A altura, a forma, os pormenores, merece uma visita sem dúvida. E eu só a vi por fora, imagino por dentro.
No hostel, na noite anterior, entrei no quarto já tarde às escuras para não acordar os outros. Na tentativa de chegar ao meu armário para arrumar as coisas que trazia, pousei-as primeiro em cima da cama e a cama mexeu-se! Alguém acende a luz e vejo uma rapariga na minha cama. Com o meu fraco inglês tento explicar-lhe que aquela cama é a minha. Ainda meio sonolenta diz-me que a dela também estava ocupada por outra pessoa e que a receção a mandou para a minha. “OK, i will check with reception”, disse eu. Ao falar com ela acordei toda a gente.” Sorry!”. Na receção dizem-me que por vezes acontece e o rececionista dirige-se ao quarto para confirmar o que se passava. No quarto ainda está uma cama livre mas está desfeita. Para resolver o assunto o rececionista dá-me uns uns lençóis para colocar na cama em substituição dos que lá estavam. Estendi-os por cima da cama para não fazer mais barulho e fui dormir.
No dia seguinte de manhã, contínuo a conversa com o Min Htet, que conheci no dia anterior. É de Singapura e está de visita à cidade. Ao pedir-lhe para tirar uma foto, fez questão de me deixar uma pequena mensagem, que passo a traduzir “Olá Pedro, o que tu estás a fazer vai ficar na história. É preciso muita coragem para seguires o teu sonho e eu admiro-te realmente por isso! Eu espero um dia ser tão corajoso como tu”. Thank you Min Htet! Have a nice time in Barcelona.
Mais à noite, conheci o Rodrigo Romero, um brasileiro de São Paulo que já plantou vários tipos de árvores no Brasil, esteve uns tempos em Sidney na Austrália, trabalhou no Porto e num hostel em Barcelona. Resumindo é um cidadão do mundo. Conversámos muito, alguma filosofia, pelo meio política, sociedade e melhor que isso fruta brasileira! Jaca, Jaboticaba, manga espada… Só pela explicação que me deu, fiquei com água na boca. Quando for ao Brasil, é só para comer fruta.
Jogámos uma partida de xadrez e depois mostrou-me um pouco de Barcelona à noite, um pouco diferente do dia, mas nada que não fosse esperado. Simpático, tinha muitas ideias e desejos. Espero que consigas realizar aquela que realmente te satisfaz e completa. Aí meu irmão, um abraço do português!
Um dos teus melhores posts Pedro!! Força ai nessas pernas! :D Continua…
Concordo! Um dos melhores pots! Que imagens! Que textos! Continuams aqui deste lado á espera do proximo episodio! SEMPRE! força aí! Abraço