Após uma Alemanha simpática e cheia de ciclovias, cheguei à Dinamarca. A entrada foi feita com muito vento, rajadas de quase 50 km/h, segundo previsão do dia anterior. Vento de frente e chuva de vez em quando.
Terminei o primeiro dia em Middelfart, num parque de campismo, onde a senhora da receção disse que este tempo só aparece de 20 em 20 anos, acertei em cheio. Montei a tenda junto de um grande grupo de cicloturistas franceses que ciclavam a favor do meio ambiente, segundo percebi.
No dia seguinte mais do mesmo, alguns pingos, vento, algumas dores e uma Dinamarca simples e bonita com os seus campos agrícolas em tons verdes. Como esta, tem sido a paisagem à umas boas centenas de quilómetros para cá, embora bonita e tranquilizante, também se torna aborrecida e principalmente por esta razão, decidi apanhar o comboio em Nyborg até à capital da Dinamarca, Copenhaga, fazendo cerca de 80km.
No comboio conheci o Kent, de Copenhaga, também ele viajante de bike por terras estrangeiras. Após conversa habitual, pergunta-me se não me quero encontrar com ele por volta das 20h, no clube de kayak, para andarmos de kayak pela cidade. Meio sem palavras, aceitei, na dúvida se o clube era apenas o ponto de encontro ou se íamos mesmo andar de kayak.
Ao chegar à capital, dirigi-me ao hostel que já tinha reservado e lá conheci o Niklas, da Suécia, uma hora depois. Ao perguntar-me o que ia fazer a seguir, respondi-lhe que ia ter com o Kent e trouxe-o comigo. Fomos a pé até ao clube e até lá apreciei um pouco da vida da cidade, contrastando com a Dinamarca que vi até ali.
Um pouco atrasados, lá chegámos e iamos mesmo “kayakar”! Instruções básicas dadas, colocámos os navios na água e lá fomos, por um dos canais de água de Copenhaga.
Não sei como descrever, mas talvez também pela situação inesperada de fazer kayak em Copenhaga, foi uma das melhores experiências desta viagem, que tão depressa não me vou esquecer. Durou pouco mas valeu a pena e desta forma fantástica me despedi deste país.
Thanks Kent, it was amazing!