Café com uma colher de açúcar e barras energéticas, foi assim o começo do nosso dia. Definimos como destino Carcassonne, com passagem nos castelos de Quéribus e Peyrepertuse. Saímos da costa e avançámos para o interior, rodeados ainda pelos Pirinéus Orientais, onde vimos alguns montes com neve no topo.
Passámos por Perpignan onde fomos para visitar o castelo, mas pagava-se. Ficámos pela entrada. De seguida procurámos por uma fonte para encher os bidons que estavam vazios. O Pedro sugeriu irmos ao café Casa Lopes, que parecia português e era mesmo. O senhor Lopes deu-nos água fresquinha que só soube bem! Obrigado Senhor Lopes de Guimarães!
Enquanto aqui estávamos, pus conversa com um português que estava na esplanada e me perguntou de onde era. Respondi-lhe perto de Fátima. “Está bem, mas como se chama a terra?”, perguntou ele, respondi Loureira que pertence a Leiria. ” És da Loureira? Então, conheço bem a Loureira. Há aqui malta do Vale Tacão e da Magueigia”. Que coincidência, encontrar alguém tão longe que conhece a minha zona. Todos os dias temos encontrados portugueses. Vive la France et les portugueses ici.
Defini o GPS para Estagel e lá fomos a seguir as suas orientações, mas hoje fez-nos a maior partida até aqui. Entrámos num caminho de terra, que devia ter desconfiado, mas uns quilómetros antes, um agricultor também português ao dar indicações falou numa estrada de terra. Passado meia hora estávamos num caminho pedestre com 30 centímetros de largura, subidas, pedras, descidas muito complicadas, desníveis, calor, mais pedras e mais desníveis.
Pelo meio uma queda e a única solução foi desengatar os reboques e levar tudo em separado. Sobe o monte com a bike, desce o monte a pé, sobe o monte com o atrelado, desce o monte com a bike, sobe o monte a pé, desce o monte com o atrelado… durante 3 ou 4 quilómetros. Até aqui nunca precisei de fazer tais manobras, que só por si revela revela a dificuldade do percurso.
No final almoçámos em Estável, à frente da farmácia e só às 14h30!
Seguimos viagem, com intenção de visitar os castelos, mas ao vê-los de longe, desistimos da ideia, pois estavam no topo de um monte enorme. Tirámos foto cá de baixo e ficou visitado.
Continuámos e em St. Paul de Fenovillet, percebemos que haveria um ponto turístico possivelmente interessante, Gorges de Galamus. Seguimos essa direção e subimos novamente os Pirinéus, muito devagar, eu, pois o Pedro parece que tem uma força que nunca mais acaba. A meio da subida já dava para perceber a beleza daquele lugar, montes, montes e mais montes, formando uma imagem extraordinária, mas o melhor ainda estava para vir.
Chegámos ao destino, que era um lugar com umas escarpas enormes e um rio a correr no fundo, semelhante às Fragas de São Simão em Portugal, mas aqui, em ponto maior. Descemos ao rio, num caminho pedestre de 1km. Ao lá chegarmos ficámos deslumbrados com a magnífica imagem que ali se formava. Sem dúvida uma das melhores paisagens que vi até agora, senão a melhor.
Voltámos a subir até às bikes para ir buscar o que era preciso para o banho e descemos novamente para uma limpeza refrescante numa água muito clara e limpa.
Acampámos por aqui a 400 metros de altitude. Sem dúvida que valeu todo o esforço para chegar aqui!
Olá Pedro e companheiro de viagem.Não há palavras para descrever a beleza das paisagens por onde estão passando,apenas maravilhoso,lindo,e belo.Continuação de boa viagem.Abraço.Bonifácio.
Amostras imagens muito bonitas filho! Obrigado.
Esta tua viagem faz-me pensar, porquê correr tanto entre escritório e papeis há tanto para conhecer.
Obrigado por partilhares esta tua aventura. Força