Parque do Luberon

A rota para hoje foi bem definida no dia anterior e como tal, o dia correu muito bem. O vento finalmente parou e o dia esteve ótimo para pedalar. Algumas subidas mas nada que não estivéssemos à espera. Percorremos alguns dos pontes principais do parque natural de Luberon.

Cerca de uma hora depois de começarmos a pedalar, parámos para o Pedro apertar um ferro que liga o reboque à bike, que vai ganhando folga. Como o dia tinha acabado de começar e o pequeno-almoço foi bom, a força foi tanta que o ferro partiu. Oito abraçadeiras e problema resolvido!

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O primeiro ponto turístico foi a Fontaine de Vaucluse, uma nascente com uma água muito limpa e dentro de uma gruta, mas antes de lá chegar passámos o rio que dali nasce também muito bonito, atravessado a certo momento por um aqueduto. Mais à frente um antigo moinho de água para fazer papel que ainda se encontra em funcionamento. Na nascente, ao ver aquela água tão fresca e cristalina só apetecia mergulhar e lá ficar de molho a aproveitar esta fantástica maravilha da natureza.

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Ao regressar ao centro da vila, fomos intercetados por um grupo de praticantes de BTT, que ficaram muito entusiasmados com o meu reboque, pois estavam a planear uma volta de alguns dias na ilha de Córsega. Eu mais uma vez respondi “Ne compres pas um reboque, que isto ne c’est pas bom!”.

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Continuámos por uma estrada que a certa altura tinha 14% de inclinação, mas ao chegar ao topo tivémos a recompensa, um terreno cheio de cerejas, aliás, por aqui encontram-se muitas cerejeiras. Parámos e enchemos a barriga e ainda um saco. Bem boas que elas eram.

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Chegámos a Gordes, uma localidade no topo de um monte muito bonita. Demorou a chegar lá, mas valeu a pena a visita. Almoçámos por aqui, num jardim. A sobremesa foi gelado e um tropezianne, um bolo típico francês.

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Mais à frente, visitámos a Abbaye de Sénanque, com umas vistas fantásticas até lá chegar. Trata-se de um convento com vários séculos em que à entrada tem uma plantação de lavanda. Toda esta região onde nos encontramos, em Provença, é conhecida pelos campos de lavanda, mas esta época ainda não é a apropriada para se ver a lavanda no seu estado mais bonito, de momento está tudo verde. Depois da visita, ao chegarmos às bikes, fomos abordados por bastante gente curiosa em saber se tínhamos vindo de Portugal a pedalar. Desde portugueses, franceses, ingleses, nunca fui abordado por tanta gente em tão pouco tempo.

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Por fim chegámos a Roussillon, conhecida pela exploração de barro, que foi extinta há uns anos e que agora a Natureza se apoderou novamente, formando umas paisagens interessantes. Aqui, fomos abordados novamente por um francês que também gosta de viajar, mas prefere a mota e está a planear ir até à Noruega também.

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Após visitar rápida a este local, procurámos por um rio próximo para tomar o tão merecido banho. Localizei um no GPS mas ao chegarmos vimos que estava seco. Mais umas voltas rio acima e seco continuava. Nisto o Pedro, homem habituado às tarefas das obras públicas e conhecedor dos seus segredos teve uma excelente ideia para resolver o problema!