Terceiro dia em Espanha e continuo com subidas, mas por pouco tempo, pois assim que saí da serra chego à planície e com ela muitas descidas. Entre Las Pajanosas e Sevilha, perde-se a conta aos ciclistas que se cruzaram comigo, a maioria deles acima dos 50 anos de idade.
Chego a Sevilha, terra das sevilhanas e das “charrets”, encontram-se muitas na cidade.
Felizmente a cidade está muito bem equipada de ciclovias, os semáforos têm até uma luz para os ciclistas. Fiz quase 10km de ciclovias dentro da cidade. Num dos semáforos enquanto espero pelo verde, a bandeira de Portugal que trago no atrelado começa a chamar a atenção dum certo senhor que começa por me perguntar se era português. Também ele era, de Elvas, estava a viver em Sevilha e esta foi a conversa possível até o sinal passar a verde.
O corpo já começa a dar sinais de cansaço, possivelmente devido aquilo que foi os últimos dias. Nas calmas, saí da cidade sobre a orientação do GPS. O calor era muito e tive de encostar, aproveitei e dormi uma mini siesta.
A certa altura o GPS manda-me para o meio de uns campos agrícolas, desconfiem mas lá fui. Apercebi-me de rastos de bicicletas e fiquei descansado.
Chego à localidade seguinte, em Alcalá de Guadaira, e pesquiso por parques de campismo no GPS, que me mostra um a 2km, otimo! Segui as indicações e desta vez era mesmo um parque de campismo, estava era em ruínas…