Suiça

Chegámos à Suíça!

Começámos o dia seguindo a sugestão do Tibo e da Marine e subimos o monte de La Salève. Depois de duas horas para fazer 10km, novo recorde foi alcançado, 1335 metros de altitude. De lá, via-se o Mont Blanc, o lago Aneccy na França e o lago Léman na Suíça. Valeu a pena o esforço pela vista e também pela descida, interdita a veículos com reboque, mas fomos na mesma. Curvas e mais curvas, foram 10 minutos de mais uma descida espetacular.

Cá em baixo e ainda a descer chegámos a uma fronteira secundária que não tinha ninguém a controlar. Entrámos na Suíça!

Logo depois chegávamos ao centro de Genebra, cidade dos grandes hotéis, bancos da ONU e sede de grandes empresas. Sendo a Suíça um país preparado para bicicletas, não é de estranhar a grande afluência de ciclistas um pouco por toda a parte. Vários portugueses passaram por nós de bike e ao verem a bandeira diziam bom dia, mas houve um que se destacou, o João Nunes. Há 30 anos na Suíça, estava de folga e a dar a sua volta de bicicleta. Sem pararmos, conversámos um pouco, fez-nos uma breve visita guiada e no fim convidou-nos a ir a sua casa almoçar, no topo de um prédio. Muito simpático, num ápice organizou um mega almoço. Telefonou a um amigo a convidá-lo para se juntar a nós, Carlos Pinto, cantor português, homem do norte e do principio ao fim foi uma risada ouvi-lo contar as duas histórias. Muito comunicativo e brincalhão, foram duas horas muito bem passadas.

 

Ao terminarmos, o João fez questão de nos acompanhar mais um pouco e a visita continuou por mais 20km. Obrigado João, pela simpatia, hospitalidade e pelo magnífico almoço e obrigado Carlos Pinto pela boa disposição. Não havia melhor forma de entrar entrarmos na Suíça!

Uns quilómetros à frente, parámos no Lidl para umas compras e percebemos que as coisas são muito caras, em relação a Portugal. Um café facilmente chega aos 4€, um bilhete de cinema quase 20€ e um postal 1,20€!!! À saída conhecemos a Claudine, muito simpática, estava curiosa com o aparato de bicicletas e reboques. No decorrer da conversa ofereceu-nos alojamento caso ali voltássemos. Merci Claudine!

Esticámos mais um pouco para chegar a Rennes, em Lausanne, para ficar em casa do amigo António Pinto, que fez questão de lá ficarmos. Ele e a sua “madame” Aline foram uns queridos e muito simpáticos.

Fome e sede foi coisa que não passámos, a noite foi descansada e no dia seguinte ainda acompánhamos o Tó ao trabalho, que também usa a bike como meio de transporte. Obrigado Tó e Aline por toda a disponibilidade!

Ao despedirmo-nos do Tó, um grupo de senhoras portuguesas, funcionárias de uma escola metem conversa connosco e ficaram a saber mais sobre a nossa aventura.

Continuámos para Sion, pois novamentre, tínhamos alojamento em casa do amigo Luis Clemente, mas para isso pedalámos 110km. Valeu-nos a estrada sempre plana no vale a serpentear os montes verdes e altos. Uma vista de perder o fôlego.

Embora até agora toda a Suíça nos tenha encantado, talvez Montreaux foi a cidade que mais se destacou. À beira do lago Léman, bastante arranjada e cuidada é muito bonita para se visitar. Lugar de gente famosa como o Freddie Mercury dos Queen, que teve direito a uma estátua. Almoçámos junto ao lago, a saborear a sua tranquilidade.

Ao continuarmos, encontrámos uma cascata muito alta, mais alta do que as outras que se vão encontrando um pouco por todo o lado. Água é coisa que não falta por aqui.

Ao chegar a casa do Luís, fomos muito bem recebidos por ele, pela Sandra e pela pequena Gabriela. Preparou-nos um batido de recuperação Herbalife que nos soube bem. Ao jantar experimentei pela primeira vez raquelete, um prato típico francês/suíço, que consiste em derreter fatias de queijo e colocar por cima de vários acompanhamentos como carne, legumes, batatas, entre outros. Gostei!

Na manhã seguinte levou-nos de carro ao topo de um monte próximo. Lá de cima, a vista sobre Sion e vizinhança é extraordinária. Obrigado Luis e Sandra por mais um dia de luxo nesta viagem!