Cidade dos canais de água e das gôndolas, Veneza é uma cidade única no mundo com certeza. Para lá chegar temos que atravessar uma ponte muito movimentada, pois Veneza foi construída quase a meio de uma baía.
Não a imaginava tão grande e para a visitar recomenda-se o uso de um mapa, pois caso contrário poderão perder duas horas a descobrir o caminho de volta, como nos aconteceu.
O curioso de Veneza é que, enquanto no nosso quotidiano estamos habituados a ver automóveis para todo o tipo de tarefas, aqui é igual, mas o alcatrão é água, os automóveis são barcos e as passadeiras são pontes com degraus. Devido à ultima, as bikes ficaram à entrada pois é impossível passar pelas pontes com os nossos “camiões” e a visita foi feita a pé.
Há barcos para tudo, barcos polícia, barcos ambulância, barcos de transporte de mercadorias, barcos das obras, barcos arca frigorífica, barcos grua, barcos funerários, barcos a remos, barcos particulares, barcos táxi, barcos do carteiro e barcos turísticos (gôndolas).
No meio de tanto barco não podia faltar a “brigada de trânsito” dos barcos, a capturar a velocidade com um radar.
Entre uns canais mais estreitos do que outros, umas ruas mais largas que outras e pontes altas e baixas é fácil deixar-mo-nos encantar pela beleza de Veneza.
No centro existe a Praça de S. Marcos, ponto principal de Veneza com uma grande área aberta, rodeada de monumentos, alguns com detalhes mais trabalhados.
Entre as milhares de pessoas que por ali circulam, é fácil distinguir os venezianos dos turistas, pois não fosse a Itália um país onde a moda reina, o veneziano gosta de vestir bem, camisa com linhas finas na vertical azul claro, blazer beje ou cinza claro, calça a condizer e sapato a brilhar.
Saímos de Veneza pelo ferryboat até Punta Sabione, onde pudémos apreciar novamente Veneza de outro ângulo.
Logo ao início, ao ver um plano interessante para uma fotografia, disse ao Pedro “Vou ali tirar uma fotografia, esta tem de ser artística!” e foi. Desci umas escadas para me aproximar da água e escorreguei no último degrau. Pimba, para dentro de água. Meio atrapalhado ainda sem perceber se tinha pé e preocupado em tirar a mala da água que tinha os equipamentos electrónicos, rapidamente chega um senhor e o Pedro que me ajudaram a sair da água. O Pedro esteve 15 minutos a rir-se sozinho. Moral da história, se forem a Veneza, cuidado com o último degrau. Se mesmo assim caírem à água não se preocupem, têm pé!