A chegada à capital da Áustria, foi debaixo de chuva e ainda na mesma ciclovia, pela qual entrámos no país. Tínhamos algumas dicas de pontos a visitar, sugeridos pela amiga Rita, mas como no dia seguinte o Pedro teria de partir, fomos indo até à estação de comboios para perceber preços e horários. Pelo caminho parávamos em monumentos que nos apareciam à frente e constátamos que Viena é enorme. Tão grande que ao virar para outra rua, outro monumento aparecia à frente e assim passaram as primeiras horas. Passámos pela feira popular que tem uma roda gigante, pela igreja de S. Pedro, pela Catedral, pelo Parlamento, pela praça Karlsplatz e outros tantos.
Neste último decorria o evento “Viena Pride 2015”, onde se concentrava muita gente a desfrutar do evento. Aqui conhecemos um brasileiro, cheio de vontade de fazer o mesmo que nós.
Após muitas indicações, finalmente chegávamos à estação de comboios e a única opção para o Pedro era partir nessa noite, num prazo de três horas. Infelizmente tínhamos de adiar a partida. Decidimos ir jantar a um restaurante e provar uma das especialidades austríacas, o schnitzel, que não é mais do que carne panada com batatas fritas.
Seguimos para a estação. Enquanto nos dirigíamos para o comboio, conhecemos um austríaco, o Matthias, que após conversa habitual e lhe explicar aquele momento, me convida a dormir em casa dele. Este convite não podia vir em melhor altura, pois estava a pensar ir para um hostel após deixar o Pedro.
O momento chegou e as despedidas tiveram de ser feitas. Foi com alguma tristeza que vi o Pedro partir, agora que me tinha habituado à companhia dele. Lá terei de voltar a viver o dia-a-dia sozinho, que também tem as suas vantagens, mas não é a mesma coisa. Obrigado Pedro, por todas as coisas boas que passámos. Certamente não te vais esquecer tão depressa desta nossa aventura! Até já e bom regresso a casa!
Segui com o Matthias para casa dele, onde vive e mais o irmão, Laurenz. Após o banho, ficámos na conversa até às três da manhã, onde falámos da história da Áustria, o futebol na Áustria, música clássica, pontos de interesse em Viena e as suas viagens de bike. Sim, o Matthias já fez pelo menos 4 viagens de bike e talvez por isso, por saber como é viajar de bike me tenha convidado a ficar em sua casa. Estava a organizar uma pequena festa para os amigos no dia seguinte, em que o motivo era a sua última cicloaventura , da qual tinha regressado à poucos dias. Lançou o desafio aos amigos de tentarem descobrir a rota que tinha feito. Curiosamente passou por vários locais onde já passei ou tenciono passar e deixou-me algumas dicas. Uma história que achei engraçada, entre tantas outras, foi que à uns anos atrás, a música do hino nacional da Áustria foi adotada pela Alemanha como o seu hino. Mais tarde a Áustria mudou o seu, não sei se por esta razão ou outra qualquer. Acontece que, atualmente e principalmente em jogos de futebol da Alemanha contra a Áustria, quando toca o hino alemão, os austríacos cantam a sua antiga versão. É a confusão total!
Que pessoas boas.
Assim é primo, bora la tu de volta a fazer o resto da rua aventura sozinho mas o companheiro sempre estara merto ❤️
Beijos
Obrigado e boa continuação.
Chegou o dia , o momento de te deixar . A meio te juntei , a meio te deixo. A meio desta tua aventura . A ti , amigo , afilhado, irmão , “primo”, ou apenas companheiro desta vida. Tenho te agradecer por de certa forma me inspira res ou puxares para ao menos te acompanhar neste bocado enorme ( para mim) desta tua trip.
Parti sem expectativas algumas e logo passado alguns dias já queria continuar ou ficar mais tempo. Como muitos te disseram e ouvimos dizer muito durante a trip ” se pudesse ia contigo”. Penso que o ” se” está nas nossas cabeças e na nossa forma que nos foi ensinada de viver neste mundo.
Não há fotografias , vídeos ou mesmo palavras para descrever aquilo que eu senti por aí quando apenas se tem uma bicicleta e pouco mais…
Aí não interessa qual a camisa que vais usar hoje ou o penteado que tens. Não interessa a marca da bicicleta , não te importas com o que vais fazer hoje , amanhã ou para a semana…
Por aí apenas se viaja todos os dias, todas as horas e minutos do dia , todos os quilómetros, viaja se pelo exterior pelo o desconhecido mas sobretudo ao nosso mais profundo interior. Pois aí a coisa mais valiosa para nós é uma das nossos e mais belos recursos do nosso planeta: A ÁGUA, do qual 70 % somos feitos.Por isso acredito e depois destes 32 dias fantásticos viajar assim é apenas viver plenamente na mais nobre de todas as formas. Por aí não somos apenas peregrinos , somos livres neste mundo onde se não tivermos atenção ficamos prisioneiros.
Mas o facto de nos movemos num meio de transporte não poluente , a natureza está sempre lá para nós…e nos recompensa com maravilhas todos os dias.
Por isso a todos aqueles que te disseram que se pudessem vinham eu digo vos: Experimentem apenas por alguns dias.
Um grande abraço e o resto guardo no meu ❤… ☺
A caminho de casa…
Pedro Martins
20/06/2015
Parabéns aos dois…